Caminhar descalço após a corrida é quase um ritual |
Então, estou aqui pra dar prosseguimento aos meus relatos de
treinos. Apesar de não fazer isso diariamente, como vinha fazendo até o Ironman
Brasil 2017, não deixarei de postar minhas estripulias de triatleta. Minha saúde
vem numa crescente admirável após o Iron. Cada treino que faço, seja de
corrida, bike ou natação, sinto o corpo responder sem muito esforço. E isso é
muito prazeroso. Continuo fazendo alguns treinos em jejum, continuo com o baixo
consumo de carbo, continuo firme no propósito de não usar suplementos. Esta
semana, devido ao aguaceiro que insiste em cair, optei por pedalar de MTB. É uma
volta às origens. Melhora o controle da bike, tem uma tocada totalmente
diferente do triathlon e me permite uma imersão na natureza. Porque o pedal é na
montanha enlameada. A corrida no frio e na chuva tem um ingrediente a mais
quando estou no CT – a lama. Ainda não recomecei os treinos nas montanhas, mas
o acesso até o asfalto é por uma estradinha lamacenta. Hoje, por exemplo, após
os 12km caminhei descalço pelo barro pegajoso. Aqui acolá um escorregão pra
ativar minha coordenação motora.
“Gile, será que essa coisa de andar descalço, ficar acocorado
e funcional caipira funciona mesmo?”, você pode estar me perguntando. Se eu te
disser que nesses anos de triatleta nunca precisei fazer fisioterapia? Se eu contar que nunca necessitei de
massagista pra tirar a dor de um músculo? Se eu te disser que nunca parei de
treinar por motivo de lesão? Pra não dizer que nunca tive lesão, no segundo
semestre do ano passado tive um desconforto no tendão da perna esquerda, mas
precisei apenas dar uma pausa na corrida e ele se foi. Sem médico, sem fármaco,
sem mandinga. Quero seguir nessa linha natural. “Gile, mas se você usar um
suplemento porreta vai melhorar seu desempenho, rapaz”, pode o leitor sugerir. Em
primeiro lugar, não acredito nisso. Pra ter ganho de performance preciso mesmo,
além do que já faço, é melhorar minha técnica de natação, minha técnica na bike
e minha técnica de corrida. Ou seja: minha deficiência é técnica, nada mais. E estou
procurando corrigir os erros. Em segundo lugar, ainda que suplementos me
fizessem evoluir eu não usaria porque entendo que só daqui a vinte ou trinta
anos é que saberemos os efeitos danosos da suplementação no corpo humano. E no
triathlon, gente boa, mais do que fazer um Ironman, mais do que ganhar um
troféu, o que mais me fascina é o ganho de saúde. Por isso treino diariamente,
tendo ou não competições pela frente. Agora vou aproveitar e comer cuscuz com
ovo pra aguentar o pedal de amanhã na lama. See you.
Chuva e frio não é empecilho |
Alguns treinos desta semana
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