domingo, 17 de setembro de 2017

Passando lama na cara

Em algum lugar no município de Águas Mornas
         Acertei ao fazer o longo de bike ontem. Acordei hoje por volta das 6h30 e uma mensagem do amigo Luciano Borguet perguntava sobre as condições do tempo na Serra.  Fiz uma foto e enviei-lhe.  A chuva, embora fraca,  deixava o tempo carrancudo e ele preferiu não se arriscar nas montanhas. Aproveitei pra descansar mais um pouco. O que não implicava em ter folga no pedal. Em dias chuvosos minha diversão é MTB.  Saí pra fazer força quando já passava das onze horas. A ideia era pedalar por uma hora e meia,  mas acabei me empolgando e fazendo mais de duas. Hahaha.

Pausa pra uma foto

        MTB exige muita força. E por mais que eu vá de boa o terreno íngreme exige bastante dos pulmões. A estrada,  quase sempre martelando riachos, compensa o esforço. Uma grande vantagem é que ao tirar a bicicleta do galpão, já boto os pés no pedal e o treino tem início. Outro benefício é que estou sempre fazendo um trabalho de pilotagem técnica associada ao equilíbrio. Mais vantagem?! É só o ciclista e a natureza. Um pouco de lama na cara sempre tem, mas é parte da brincadeira. E não precisei me submeter ao chato pedal no rolo fixo. 

Resumo do treino:

PS: Mais uma vantagem que esqueci de mencionar: num treino desses, com pouco mais de duas horas e no meu quintal, não precisei levar água nem comida. Hehehe

sábado, 16 de setembro de 2017

Sozinho nas montanhas, mas não solitário

Voltando de Alfredo Wagner

      Até acordei cedo pra o pedal, mas o bom senso mandou que eu esperasse a neblina amenizar pra eu poder pegar a estrada. Programei o longo de bike pra ser feito na BR-282, no trecho entre Santa Isabel (no município de Águas Mornas) e Alfredo Wagner. E o Alto da Boa Vista, ponto mais elevado do percurso, costuma ficar uma cinza só, nessas condições. Aí aproveitei pra botar mais um pouco de combustível no tanque. Pra quem não leu o post de ontem, decidi antecipar o pedal de domingo pra hoje porque a previsão do tempo diz que tem chuva chegando por estas bandas amanhã. Não quero arriscar ficar sem o longo na magrela.

Aqui até deu pra fazer uma foto


Enchi duas caramanholas de água com gengibre, botei duas bananas e dois torrones no bolso da camisa e parti pra o pedal solo. Não me sinto solitário nesse tipo de treino. Assim que acessei a 282, fui dando de cara com pontos molhados no asfalto. A pilotagem nessas condições exige cuidado redobrado. Apesar dos longos de corrida e natação de ontem, a perna respondia bem à montanha. A ideia era ficar o maior tempo possível no clip, ainda que nas subidas das serras. Na Boa Vista a neblina veio com força. Em alguns trechos a visibilidade era cerca de cinco metros. Até pensei em retornar, mas... 

O fraco movimento de carros permitiu até uma fotinha

         O cuidado nas descidas deixou o trapézio mais enrijecido do que já é. Pra os lados de Alfredo Wagner o sol até fez umas gracinhas, mas levou um pedala Robinho de umas nuvens nervosas e se escondeu. Quando o Garmim marcou 50k, fiz a volta. Comi tudo que levei, mas a água foi mesmo uma precaução – só tomei a metade. Agora é recuperar e torcer para os meus amigos que estão em Penha para fazer o GP Extreme amanhã. Vamos fazer força, moçada.

Resumo do treino

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Eu não sou cachorro, não

Depois de mais de duas horas correndo, o mamão cai bem pra caramba
         Hoje foi dia de longo em dose dupla. Pela manhã, longo de corrida na montanha, à noite, longo de natação na piscina. Entendo que não é legal, mas às vezes é preciso. Bom seria o longo de natação amanhã, e no mar. Seria, do verbo vou ficar no CT. E falando em CT, o lugar tá ficando show. As obras de melhoria ainda não encerraram. Mas tá quase. E justamente por ter assuntos a tratar com os funcionários que estão trabalhando no CT foi que me atrasei pra iniciar o treino. Gosto mesmo é de acordar e mandar bala. Três ovos com queijo acompanharam a tradicional xícara de café com leite. Saí em seguida na companhia das minhas cadelas. Não levei água. Na verdade, nunca levo. Treinos de até duas horas e meia eu consigo fazer sem me hidratar. Claro, não é verão ainda. A temperatura amena permite isso. Como dizia o poeta: “eu não sou cachorro, não”. Sim, porque os cachorros bebem água a cada dois quilômetros. Sério. Paffa e Feiona entram em tudo que é riacho pra se refrescar. Por não ter mecanismos de regulação da temperatura corporal como o ser humano, as caninas mergulham em tudo que é poça d’água. Vez por outra elas ficam pra trás e eu já sei o motivo – estão tomando banho e enchendo o tanque. Sei, entretanto, que preciso lidar com a desidratação e levo meu corpo ao maior esforço possível sem beber água nenhuma. Quando acabo o treino, tomo um ou dois copos com água, boto pra dentro uns morangos, chupo uma laranja e como um farto pedaço de mamão. Pronto, resolvido.

Longo da monotonia 

         Sem dor muscular alguma e já revigorado pelo descanso e por uma boa alimentação, encaro a natação às 19h. Engraçado como a gente cria certas manias, né?  O Garmim me roubou duzentos metros, daí tive que nadar três e duzentos pra que ficasse registrado os três mil. Mania de deixar o treino redondo no Garmim. Foram trinta e duas voltas na piscina olímpica da Unisul. É disparado o treino mais monótono pra mim. Faço, mesmo assim, pra acostumar a mente a momentos de tédio. E como a previsão é de chuva para o domingo, vou garantir meu longo de bike na montanha amanhã.  O combustível pra aguentar o tranco? Cuscuz com ovos. Hahaha. Já passou da hora de ir dormir. Fui.

Tanque cheio pra o dia seguinte
Resumo do treino




quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Fodaxman EpicTri 226

Morango pra reidratar
         A partir de hoje, volto a postar meus treinos aqui no blog. Ontem tive a motivação que faltava para escrever neste diário – fui selecionado para participar da segunda edição do Fodaxman EpicTri226. Em miúdos, o Fodaxman é um Ironman com grau de dificuldade bem mais avançado. O percurso do ciclismo e da corrida é montanhoso. No ciclismo vamos subir a famosa e assustadora Serra do Rio do Rastro, enquanto na maratona escalaremos o Morro da Igreja – ponto mais alto habitado do Sul do Brasil. Desde que fiz minha inscrição, comecei a treinar pensando nesta prova. Treinos de montanha quase o tempo todo. Tanto na bike quanto na corrida. É uma competição que me encanta. Porque eu gosto de montanha. Vivo na montanha, pra ser mais claro. Treinamento em montanha é sempre intenso, não dá pra ser diferente. O cara tem que fazer força, a perna queima sempre e o pulmão precisa mostrar serviço. E hoje, quarta feira, foi dia de tiro de corrida.
 
Nos intervalos entre os tiros, uma foto 

         Acordei, tomei uma xícara de café com leite e saí pra correr na parceria da Feiona e da Paffa, minhas duas cadelas. Muito café e pouco leite. O leite é de gado, in natura. O termômetro indicava 180 e não careci de aquecer. Quando está frio, costumo trotar e fazer educativos por um quilômetro, mais ou menos. Quando não, é só calçar o supertênis de R$49,90 e partir pra o que interessa. “Sem aquecimento você não corre o risco de se lesionar, Gile?”, um leitor pode estar me perguntando. Até hoje não tive uma mísera lesão por falta de aquecimento. Claro, começo correndo leve, e isso por si só é um aquecimento. Talvez pelo pedal duro de ontem e da natação noturna, hoje senti a perna pesar e os tiros não foram os esperados, mas já entendo que isso é normal.


A planilha indicava 10k, mas sempre faço uma rodagem ao fim da série proposta. Tiro os tênis e corro solto. Esse contato da sola do pé com a terra é bastante prazeroso. Ao chegar em casa, um pouco de morango livres de agrotóxico ajudou a me reidratar. Três ovos caipiras com uma cobertura de queijo deu o up no tanque. Amanhã cedo tem pedal na montanha, então é melhor eu ir dormir. 

Resumo do treino