Família Marinho reunida em Caiobá |
Galera, hoje estou compartilhando com vocês como foi a preparação do meu amigo Fernando para o Iron, Sem mais delongas, ele fica com a palavra.
Meu nome é Fernando Antonio Marinho,
Eng Agrônomo, empresário e produtor rural. Sou proprietário da Casa Verde
Garden Center há 17 anos e vou começar explicando como começou esta história
de triatlhon em minha vida. Em 2014 tinha 107 Kg e a saúde já apresentava
sinais de que não ia muito bem. Resolvi correr, pois era muito prático e
barato. Quase tive um infarto na primeira maratona de 500m - cheguei a ver
estrelinha e pensar que ia infartar. Depois fui aumentando gradativamente as
distâncias até fazer uma prova de corrida noturna - UNIMED 5 Km. Foi quando conheci o pessoal da
Newpace e o Rodrigo Baltazar. Não achava necessário acompanhamento pra correr;
ledo engano. Num treino de corrida na lagoa da Conceição vi uma turma da equipe
treinando transição na lagoa, pedalando no rolo e correndo pelo Canto dos
Araças. Fiquei impressionado e perguntei pro Rodrigo se ele achava que eu tinha
condições de fazer aquilo, o que confirmou de imediato (louco da cabeça).
Um sonho realizado |
Na outra semana, fomos assistir o
Ironman em Jurerê, coisa que já fazíamos há anos como tradição familiar. Minha
filha (Letícia 12 anos) ficou impressionada com uma situação na chegada, onde
um pai quis entrar no funil com o filho para cruzar o pórtico e foi
desclassificado, pois a partir daquele ano foi proibido. Aquele episódio rendeu uma conversa
de umas duas horas entre nós, e no final ela afirmou que queria fazer aquilo um
dia. No outro fim de semana comecei meus
treinos de Triatlon. Ela e o irmão João Henrique (10 anos)
começaram, em julho, a treinar na escolinha de triatlon de São José com a treinadora
Elinai, mas como os treinos eram no período vespertino eles não puderam
continuar, pois estudavam à tarde, havendo choque de horário. Começaram então a
correr comigo e minha esposa na Newpace a convite do Rodrigo, uma vez que eles
já praticavam natação. De agosto a dezembro faltaram apenas
a três treinos, com muita disposição e vontade. Eram, e são, os mascotes da
equipe. Fizeram duas provas - duatlon de São
José e um aquatlon em Jaraguá do Sul. No final do ano Rodrigo queria saber
se eu os arrancava da cama para treinar com chuva, frio e escuro muitas vezes.
Expliquei que eles curtiam muito esse momento familiar e então ele propôs
treinar as crianças de maneira "séria".
Com a galera da equipe |
Neste momento fiz minha primeira
prova de triatlon em São Francisco do Sul, correndo junto com o Paulo Escobar. No inicio de 2015 eles começaram
firme no triatlon. Naquele ano foram (os dois) campeões catarinense, campeão do
Powernan kids, Challenge kids, Campeão Brasileiro (João) e Lê, terceira
colocada no Brasileiro.
Fiz todo o campeonato catarinense
e acabei me arriscando no 70.3 do Challenge no fim do ano em
Florianópolis (Prova fantástica, onde cruzei o pórtico com os dois no colo). Vi que o negócio era bom e queria
mais. Resolvi estabelecer uma meta a qual
persigo constantemente. Fazer dez provas de meio ou Ironman até completar
cinquenta anos - tenho 43. As crias continuaram motivadas e obtiveram
bons resultados em 2016, praticamente repetindo o que ocorreu em 2015. Desde então, temos uma relação
familiar neste esporte, onde me vejo muito mais como um laboratório de testes
para eles do que propriamente um atleta individual. Sei que um equipamento é melhor que
outro, provei suplementos, comidas, treinamentos, e tudo mais para que eu tenha
segurança e conhecimento para passar pra eles. São minhas fontes de inspiração. Vou fazer essa prova pra eles. Eles terão essa referencia em casa. De lambuja, perdi 22 Kg, meu
colesterol é 126 e tenho saúde melhor que 15 anos atrás.
Agora falando da preparação
propriamente dita para o Iron, ela começou em setembro de 2016, pois fiz a
prova de Pucon no Chile (70.3) em janeiro deste ano, e acabou emendando com a
do Iron Floripa.O Rodrigo me enganou dizendo que o
treino era praticamente o mesmo, e que só aumentaria o volume nos finais de
semana. Mentira deslavada. Kkkkkk. A sorte é
que essa empreitada era um projeto familiar, o que me deu mais força e apoio
para vencer todo o treinamento de forma muito positiva. Não furei nenhum pneu
desde novembro (uso pneu duplo). Treinamos em todas as condições possíveis:
calor, chuva, vento contra (na ida e na volta) kkkkkk, frio, mar liso, com
onda, agitado, em equipe, sozinho, de manhã, de tarde e de noite, enfim.... Temos um pequeno grupo de atletas
este ano, mas um grupo muito coeso e amigo. Perdemos só um, por lesão, mas o
cavalo garantiu vaga para o mundial de olímpico na Holanda (André Venturi).
Foi um período intenso e muito
produtivo. Garanto que cumpri 95% da planilha, 5% unicamente por falta de
tempo. Não tive nenhuma lesão, a não ser por um tombo de bike que me atrapalhou
o ombro e consequentemente a natação uns três treinos. Mas fiz um treinamento
consistente, gradativo e eficaz, pois me sinto muito bem treinado e com
confiança para fazer uma boa prova. Minha meta não é ambiciosa -12 horas.
Quero chegar bem, comemorar com os filhos e a esposa, curtir a prova e tirar
muitas fotos. Kkkkkkk. Fiz muitas amizades e reconheço que
esse ambiente me proporciona muitas alegrias em superar meus limites. Tenho convicção de trilhar um caminho
do bem, reconheço o esporte como uma ferramenta educacional muito potente,
tanto para mim como para meus filhos, e espero colher frutos desta época daqui
a muitos anos. Estou inscrito pra fazer o Ironman de
Cascais 70.3 em setembro e não paro mais, se Deus quiser.
Ah, nossas fotos são feitas pela minha esposa, Vanessa Dreyer Marinho, que passou a correr só pra bater fotos da gente. Kkkkkk
Boa fernando...vai fechar o IM de boas.. pois o pior já passou que são estes treinos loucos hehehe.. a prova é um passeio e pura diversão..
ResponderExcluirMuito legal esse diário! Gostei e sou fã do Fernando e dessa família querida!
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