sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

“As pessoas acham que correr é uma coisa natural”

Água gelada após o longo 
         Com um longo de corrida pela frente, tomo meu café com leite, coloco o fone de ouvido e inicio meu aquecimento na bike. Assisto alguns vídeos sobre corrida e um deles me deixa intrigado. Nele, o treinador mostra-se preocupado com os triatletas que não aprenderam a correr. E lança essa pérola: “as pessoas acham que correr é uma coisa natural”. E não é, ô, cara pálida? Que voar não é próprio do ser humano eu até concordo. Que nadar também não seja eu até, até. Mas correr, mô filho, não é natural do homem?  Bebeu maconha, só pode. Hahaha. Brincadeirinha. Até entendo o professor, a preocupação dele ao ver seus atletas correndo errado. E correm errado porque abandonaram a maneira natural de correr, ora bolas. Você não precisará ensinar os movimentos básicos de corrida a uma criança que aprendeu a andar. Ela vai correr. Porque correr é inerente ao ser humano. O conforto do tênis e as “orientações” de adultos escolados é que fizeram com que muitos de nós pisássemos errado.  Tem uma turma que corre perfeitamente – os corredores descalços. Ao correr sem os tênis modernos que só fazem aumentar os números de lesionados, somos obrigados a aterrissar com os pés na melhor posição possível. Percebo isso quando corro descalço. Se eu aterrissar com o calcanhar vai doer pra chuchu. Com a ponta do pé também doerá. Só restará o meio do pé. Isso, gente fina, é a natureza ensinando o melhor caminho.
 
Aquecimento na bike
         Antes de finalizar o aquecimento na bike e sair pra correr, escuto uma música animada, pra cima. De um cantor e compositor mais pra cima ainda – Efson. “Não sei quem é, Gile”, dirá um leitor menos lambuzado no mundo da música. Tá perdoado. Conheço muita gente que enche a boca pra dizer que conhece a Europa e nunca foi aos cânions de Praia Grande. Falando nisso, quem esteve por lá esses dias foi meu amigo Juan Pablo, numa viagem de cicloturismo que ele relata em seu blog El Flaco. Vale a pena a leitura, viu. Riquíssima em detalhes. Passados os cinquenta minutos de giro na bicicleta, calço os pisante – de R$ 69,90 hahaha – e pego a estrada. Pra não ficar monótono treinando sempre no mesmo local, entro na BR-282 e desço em direção a localidade de Santa Cruz da Figueira. A mudança de temperatura é brusca e sofro nos últimos quatro quilômetros. Terminei o treino em frente a clínica veterinária onde Denise levara Feiona pra tomar vacina. Aproveitou pra me dar o suporte necessário. Água gelada, duas laranjas e um pedaço de mamão quebraram o maior galho.
 
Sofrendo com a mudança na temperatura

         Chegando em casa, tomei dois copos de leite gelado e comi três ovos com presunto. Aproveitei o embalo, enchi o tanque da roçadeira e fui pra o morro dar uma capinada. Outro tanque seria necessário pra acabar o serviço a que me propus. Eita funcional bom da “mulexta”. Depois de três horas, e completamente encharcado de suor, o riacho de água gelada foi mais que prazeroso. A hidromassagem, então, nem se fala. O resto do dia foi off. Hehehe. Porque amanhã tem transição em Jurerê e o Gile precisa estar inteiro.


Resumo do treino
Pedal: 50’
Corrida: 16km
Tempo: 1’16’43
Ritmo: 4’48”
Ganho de elevação: 43m
Funcional com a roçadeira: 3h

Tempo em atividade: 5h10' 




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