sábado, 4 de fevereiro de 2017

Travessia do Fuzil é treino e competição na manhã de sábado

Galera da Iromind presente ao evento
        Ela bem que poderia ser chamada de “Travessia do Fuzil”. Os organizadores do evento, no entanto, deram-lhe a designação de “Travessia Baía Norte”. Trata-se de uma prova de natação onde os atletas partem da Ilha de Anhatomirim, no município de Governador Celso Ramos, e chegam à praia da Daniela, em Florianópolis. “E porque cargas d’água você chama de Travessia do Fuzil, Gile?”, você deve estar me perguntando.  Porque foi nessa ilha que, em 1894, o marechal Floriano Peixoto ordenou o fuzilamento e enforcamento de seus adversários políticos. Juro a você, quando comecei a prova lembrei-me dessa barbárie cometida pelo milico desequilibrado que chegou ao mais alto cargo da política nacional. Bem, vamos falar do dia, vamos falar de treino, vamos falar da travessia, pois, afinal, ela estava na minha planilha de treino pra hoje.
 
Praia da Daniela hoje, com a ilha de Anhatomirim ao fundo ainda coberta por nuvens
         Ontem eu até pretendia dormir na praia da Daniela, pois não precisaria acordar tão cedo. Ah, mas é duro deixar de dormir com o barulho das águas nas pedras que adornam o leito do riacho atrás da casa aqui no sítio. Vou, não vou, vou... Não vou. Do verbo fiquei. Quando quero acordar muito cedo, tomo bastante água antes de dormir. A bexiga cuida de me despertar. Por via das dúvidas, coloquei o despertador em prontidão como backup. Cinco horas era o programado. Faltando pouco mais de vinte segundos pra o bicho alarmar, a cachorrada se alvoroçou e me acordou primeiro. Nem bexiga, nem celular, os latidores foram mais eficientes.
 
Atletas nadando até a escuna que os levariam à ilha
         Chegamos à Daniela por volta das sete horas e deu tempo pra comer uma omelete acompanhada de café com leite. E corri pra pegar o kit da competição. No meio da tarde, meu amigo Michael Bruggeman perguntou se eu havia participado de uma competição ou de um desafio. Pra mim, caro leitor, se vale medalhe é competição. Chegando, encontrei a galera da Iromind e o clima de descontração rolou solto. Apesar de ser um evento pra nadadores, alguns treinadores de triathlon colocam-na como parte do nosso treino. E, talvez por isso, vamos mais solto, sem responsabilidade. Quem treina sério, entretanto, quer ganhar. Não importa a prova.
 
Os primeiros Irominds na Daniela
         Por volta das 8h30, nadamos até a escuna que nos levaria ao antigo centro de tortura do militar citado no primeiro parágrafo. O lugar é lindo por demais. Tem que ser muito degenerado pra matar pessoas naquele paraíso. Chegando lá, saltamos da embarcação e ficamos na água esperando a largada, que se deu às 9h13, segundo meu Garmim. Após 1h23, e 4.370m nadando, completei a travessia. E cheguei junto com meu amigo Fábio Ribeiro, também da Iromind. As condições do mar foram as melhores. A temperatura da água parecia um sonho. A organização foi impecável, como sempre. Pra coroar o “treino”, um quarto lugar mais do que bem vindo nessa que foi a primeira competição do ano. Puxando um pouquinho de brasa pra minha sardinha: dos atletas da Iromind que fizeram a prova, três foram ao pódio em suas categorias – Lamartine Falleiro, Márcia Almeida e Eu. “Amanhã, vai ser outro dia”, já dizia o poeta. E é dia de longo de bike. Então borá dormir.
Medalhaaaaa



Com o amigo Fábio Ribeiro
Depois da prova, alimento de verdade
 
Com meu amigo Hélio antes do embarque
Resumo do treino

Resumo do treino

3 comentários:

  1. Também peguei pódio, mas fui excluído da relação do Gile, snif...snif...

    ResponderExcluir
  2. Parabéns, mas só uma correção o Rodolfo também pegou pódio ficou em 5 na categoria.

    ResponderExcluir