sexta-feira, 3 de março de 2017

Calor, calor e mais calor no longo de corrida

Nem precisa legenda, né?
         Quando desci pra tomar meu café com leite, a friagem da noite ainda estava aninhada envolvendo o CT. faz isso aqui, resolve aquilo lá, e quando começo o aquecimento no rolo já são 8h22’. A essas alturas o sol já reinava e seu hálito fazia a temperatura subir a passos largos. Enquanto pedalo, aproveito pra botar as conversas pela internet em dia. Depois procuro um vídeo no youtube e encontro um que me chamou a atenção. Era uma entrevista com a triatleta Ana Lídia Borba. Eu tinha trinta minutos de aquecimento a comecei a assistir quando já passava da metade desse tempo. Uma pena, porque os apresentadores do programam falaram tanto que quando ela começou a contar sua trajetória no triathlon o Garmim indicou que estava na hora de sair pra correr.  Não tem problema, fica pra próxima.


        
         Desço da bike e calço as meias. Olha, se eu tinha que calçar aquelas danadinhas nem precisava aquecer. E o pior foi mais cara do que os tênis. Ou os preços foram equivalentes. Como a gente é iludido por espelhos, como meus antepassados indígenas que acreditavam em tudo que os invasores portugueses diziam. Faço meu trote com alguns educativos de corrida enquanto desço pela estrada de terra que conduz ao circuito de Santa Isabel. Inicio a corrida às 9h10’. Já tava quente pra caramba. Fiz os primeiros 5k num pace abaixo de 5’ e vi que não daria certo. Sem nada pra me hidratar e suando feito tampa de chaleira, quando cheguei no km12 fui obrigado a parar na Escolinha e tomar água. E molhar a cabeça também. Foi um verdadeiro pit stop. Pra retomar foi como empurrar um caminhão ladeira acima. Daí pra frente o pace não baixou mais de 5’. O terreno com algum aclive, pra quem tá sofrendo com o calor, é um aguilhão a mais.

O melhor pão do mundo. hahaha
         No Km16 sou obrigado a fazer outro pit stop. Nos mesmos moldes do primeiro. E me arrastei até o fim do treino. Quase desisti, mas entendi que o mais importante era resistir ao calor e ao cansaço provocado por ele. Puro treino de endurance. No km20, entro por uma estrada de terra, como fiz na sexta passada, e finalizo a peleia próximo a um riacho. Foi o melhor do dia. Que mergulho delicioso. De tênis e tudo. Fico uns dez minutos relaxando e quando saio preciso encarar mais 4,5km de caminhada. Isso começando às 11h15 e com um céu sem nenhuma nuvem. Depois de quinze minutos caminhando e com a fome dizendo pra eu apertar o passo, embora o corpo dissesse que não, encontro o Carro do Veneno. O Carro do Veneno é um veículo de uma panificadora que passa no lugarejo vendendo seus produtos – bolo, cuca, pão e coisas do gênero. Muita farinha branca e açúcar pra deixar o povo mais doente ainda. Mas pra quem tá cansado e faminto como eu estava, um pão doce era quase um banquete. E o vendedor perguntou se eu queria um pão. Eu queria, na verdade, uns dez, mas aceitei de bom grado o que ele me deu. Foi a melhor comida dos últimos dois meses. Hahaha. Daí até chegar em casa foi só alegria. Quando cheguei, porém, matei a sede com um litro de leite gelado. Foi, disparado, meu pior longo da carreira. Amanhã tem longo de natação e tomara estar recuperado pra encarar o mar de Jurerê. Então borá descansar.

Puro veneno
Resumo do treino

30' aquecendo no rolo
1k5km de trote com funcional

Corrida
Distância: 20k
Tempo: 1h48
Pace: 5'19
Ganho de elevação: 317m

2 comentários:

  1. O treino .. não sei, mas aquelas prateleiras com tortas, rosquinhas, humm!
    Se precisar de ajuda....

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    1. Hahaha. Boa, Alaone. Vem me acompanhar um dia aqui, rapaz. Entra em contato, seu sumido.

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