Gile, Pina e Heverton, pareceria pra lá de boa |
Ao som da Banda do Zé Pretinho, desci a serra pra encontrar meus
colegas triatletas que acordam cedíssimo no domingo pra pedalar nas montanhas. A
ideia era sair às 6h30, mas sabe como são ideias, né? Primeiro meu amigo Michel
Bruggeman enviou um zapzap dizendo pra esperar porque ele estava um pouquito atrasado.
E depois, quando cheguei ao posto Serra Mar, encontrei uma penca de pessoas
saudáveis e super legais que desde ontem não via. Hahaha. Pronto, lá se vai
meia hora de papo. Que Zé Pretinho que nada, quem iria animar a festa seria meu
parceiro Pina. Rafael Pina, pra coisa
ficar um pouquinho menos informal. “Zé Pretinho que nada”, sacou? A música do
Jorge Ben, mô filho. “A banda do Zé Petinho chegou para animar a festa”, é o
que diz a letra. Ah, quem conhece a música conhece, quem não conhece faz de
conta que conhece e segue o jogo. Farei, prometo, um resumo do meu longo lá no
fim do post. Porque o texto hoje é desse ET chamado Pina. Pra quem não conhece,
vou dizer quem é esse cara.
Pina antes do treino de hoje |
Rafael Pina Pereira é manezinho da ilha. Tem, entretanto, um
pezinho no Nordeste – o pai é pernambucano. Apesar de eu continuar achando que
ele veio de outro planeta. Porque pra ser engenheiro eletricista, casado e pai,
e fazer o que esse guri faz no esporte não é pra um reles terráqueo. Hahahahaha.
Quando criança fez judô, natação, atletismo e voley. Nunca se acertou, por
incrível que pareça, foi com o tal do futebol. “Nunca consegui chutar uma bola”,
disse-me hoje enquanto a gente queimava as pernas pedalando pelos Alpes
Anitapolenses. Ao dezesseis anos começou
a escalar e só parou porque a universidade falou mais alto. Retornaria,
portanto, mais tarde. Mesmo assim, entre uma aula e outra encaixava corrida e
natação. Esse menino é de outro planeta, tô dizendo. Vamos fazer o seguinte: Pina vai contar pra gente como foi o
treino dele hoje. Depois, por mais sem lógica que pareça, continuarei contando
mais a respeito dessa referência do triathlon catarinense. E se eu fosse você,
iria até o fim do texto. Hehehe. Fala aí, Pina.
O longo deste domingo
saiu num percurso espetacular e que eu não tinha completado ainda. Do posto
Serramar, tradicional parada da galera aos domingos, até Anitápolis. Ida e
volta, claro. Só que o Gile decidiu aquecer um pouco e seguimos por 10km em
direção a São Bonifácio primeiro, pra entrar na subida da BR-282 com os cambitos
aquecidos. Como referência é uma coisa interessante.
Eu nunca tinha pedalado aquele trecho da 282 e achava que o trevo pra Rancho
Queimado e Anitápolis era “logo ali”. Só que era bem láaaaaaaa longe – uns quinze
quilômetros. E com novecentos metros acima da cabeça. Que pedal legal. Visual excelente
e com pouco trânsito às sete da manhã. Mas o calor já dava o ar da graça.
No trevo, rumamos pra
terra da Anita (deve ser, imagino), numa estrada perfeita e verticalmente
desequilibrada. Visual pra todos os lados espantava o cansaço. Era parreiral,
pinheiral, igrejinhas e casas de campo. O Décio, amigo e triatleta que estava
com a gente, voltou um pouco antes porque tinha compromisso. E seguimos na
descida que era cheia de subidas até a metrópole. Na cidade procuramos um local
pra abastecer as caramanholas e achamos uma lanchonete. Os três – Michel, Gile
e eu – só com os R$25,00 do Michel pra repor os líquidos evaporados. Uma vez
abastecidos, voltamos e encontramos o Lamartine chegando. Lamartine é outro
amigo e triatleta da Iromind.
Subi contínuo de volta
até a 282, ritmo moderado. Na verdade pedalei moderado o tempo todo, exceto nas
subidas mais longas, sempre entre 80 e 90% do FTP. Isso é bastante mas é por
pouco tempo. Então a média ficou exatamente onde tinha que ser, a 75% na zona onde mora o endurance. Na 282,
literalmente despencamos até o posto, onde nos reunimos para abastecer
novamente. Sorvi um litro de água de coco e meio gatorade antes de dar tchau
pra turma e rumar pra casa, já sob o risco de perder o almoço. Foi um baita
treino, espetacularmente bonito, difícil como tem que ser e com ótima parceria.
Ah, sobre minha alimentação: no pré treino foi uma tapioca gigante de presunto,
manteiga e queijo com dois expressos. Durante o treino foram duas medidas de
Vo2 (Aproximadamente 100g de carbo), três bisnaguinhas com doce de leite e um
gatorade e meio. Quando cheguei em casa tomei meia medida de whey e, meia hora
depois, almocei um prato maior que eu com arroz, feijão, carne, farofa e um brócolis
inteiro, com melancia de sobremesa.
Michel, Pina e Eu em Anitápolis |
Pedalar com esse cara é uma honra pra mim. Referência da
Iromind, tanto como atleta como pessoa, Pina está sempre disposto a ajudar os
colegas. Por isso não me canso de afirmar que sou fã desse cara. Embora, vale
ressaltar, continue achando que ele faz visitas a uma certa nave mãe que pousa
todos os meses lá pras bandas de Urubicí. Hahaha. Vlw, parceiro.
Resumo do meu treino
Distância: 123,2km na montanha
Tempo: 4h57
Ritmo: 24,9km/h
Ganho de elevação: 2.130m
Alimentação
Pré treino: 1 copo de café com leite
Durante o treino: 2 bananas, uma maçã’, um gatorade e meio e
um torrone de 140g
Pós treino: um torrone, um gatorade e 200ml de água de côco.
Valeu parceiro ! Bora pra próxima !
ResponderExcluirBoraaaaaaaaa
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