domingo, 23 de abril de 2017

180km solo

Gile, Rodolfo, Pina, Héverton e Michel

         Minha ideia era iniciar o longo de bike às 6h45. Pra isso o despertador me chamou às cinco. Quando passei pelo trevo de Jurerê o relógio de rua marcava 5h30 e uma temperatura de 150. Cheguei ao ponto de encontro no Maciambú às 6h20. O dia estava clareando e uma galera de triatletas já pegava a reta. Sem manguito nem pernito pra se proteger da friaca, esperei que o sol desse as caras. Talvez meus companheiros de pedal chegassem com ele. Logo chegaram Michel, Pina, Héverton e Rodolfo. Faltava o Luska, que veio acompanhado da esposa, Camila. Combinei com ele que sairia na frente e nos veríamos no trecho. Ele ainda levou duas câmaras de ar que eu havia pedido pra ele comprar. Como o leitor sabe, o pneu da minha bike nunca fura. Não que eu tenha um pacto com os pregos do caminho, apenas uso um pneu por dentro do outro. “Seguro morreu de velho, mas desconfiado ficou, Maria”, diz o poeta Eferson. Pra fazer 180km, não custa se precaver.

Será que tava bom pra pedalar? (foto do Pina)
         Saí junto com o Pina, Rodolfo e Héverton. Pedalamos lado a lado por cerca de cinco quilômetros e cada qual seguiu no seu ritmo. O meu era de boa, pra ganhar volume. Depois teria uma corrida de 6k. Combinei com o Pina de ir 45km e voltar. Faríamos isso duas vezes, fechando os 180k. quando cheguei em Imbituba, trecho em que o relógio indicava 45km percorridos, pensei: ‘vou tocar direto até fechar os 90km, depois é só retornar que fecho a distância’. Fazer um pedal longo sozinho é mais duro, mas é ótimo pra o psicológico. A ida foi toda com um ventinho parceiro. Quando passei a ponte de Laguna, o vento irritou-se e resolveu elevar o grau de dificuldade do treino. Até o trevo de acesso a Capivari de Baixo, foi sofrido. Quando fiz o retorno melhorou. O vento, esse incômodo que nos fortalece, ainda me daria uns tabefes na volta.


Antes de sair de Floripa, comi três ovos com queijo e uma xícara de café com leite. Durante o pedal usei duas caramanholas de água, quatro géis de carboidrato, dois torrones, uma maçã e uma pera. Meu propósito era não parar a bike, não botar o pé no chão. E consegui. A temperatura amena e o pedal bem moderado facilitou a hidratação. Não posso dizer que cheguei inteiro, mas tava bem. Antes de começar a corrida, tomei um energético e uma Coca.  Peguei uma estrada de terra plana e fiz os seis quilômetros progressivos, acelerando a cada km. Fechei o último num pace de 4’35. Pra quem fez 180 pela primeira vez, até fiquei surpreso. Quando acabei, encontrei o Pina na lanchonete se hidratando. Peguei um isotônico e uma garrafinha de água mineral e fiz o mesmo. Depois rumei para o sítio. Não sei se foi por ter ingerido muito açúcar e ter ficado um pouco enjoado, mas só fui almoçar por volta das 16h. Aí a fome veio com gosto de gás. Pra mim, o mais importante é que não fiquei acabado. Nem dormir à tarde precisei. Agora é descansar e se preparar para mais uma semana pegada. See you. 

Resumo do treino



































































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