Água gelada após o longo |
Com um longo de corrida pela frente, tomo meu café com leite,
coloco o fone de ouvido e inicio meu aquecimento na bike. Assisto alguns vídeos
sobre corrida e um deles me deixa intrigado. Nele, o treinador mostra-se
preocupado com os triatletas que não aprenderam a correr. E lança essa pérola: “as
pessoas acham que correr é uma coisa natural”. E não é, ô, cara pálida? Que voar
não é próprio do ser humano eu até concordo. Que nadar também não seja eu até,
até. Mas correr, mô filho, não é natural do homem? Bebeu maconha, só pode. Hahaha. Brincadeirinha.
Até entendo o professor, a preocupação dele ao ver seus atletas correndo
errado. E correm errado porque abandonaram a maneira natural de correr, ora
bolas. Você não precisará ensinar os movimentos básicos de corrida a uma
criança que aprendeu a andar. Ela vai correr. Porque correr é inerente ao ser
humano. O conforto do tênis e as “orientações” de adultos escolados é que fizeram
com que muitos de nós pisássemos errado.
Tem uma turma que corre perfeitamente – os corredores descalços. Ao correr
sem os tênis modernos que só fazem aumentar os números de lesionados, somos
obrigados a aterrissar com os pés na melhor posição possível. Percebo isso
quando corro descalço. Se eu aterrissar
com o calcanhar vai doer pra chuchu. Com a ponta do pé também doerá. Só restará
o meio do pé. Isso, gente fina, é a natureza ensinando o melhor caminho.
Antes de finalizar o aquecimento na bike e sair pra correr,
escuto uma música animada, pra cima. De um cantor e compositor mais pra cima
ainda – Efson. “Não sei quem é, Gile”, dirá um leitor menos lambuzado no mundo
da música. Tá perdoado. Conheço muita gente que enche a boca pra dizer que conhece
a Europa e nunca foi aos cânions de Praia Grande. Falando nisso, quem esteve
por lá esses dias foi meu amigo Juan Pablo, numa viagem de cicloturismo que ele
relata em seu blog El Flaco. Vale a pena a leitura, viu. Riquíssima em
detalhes. Passados os cinquenta minutos de giro na bicicleta, calço os pisante –
de R$ 69,90 hahaha – e pego a estrada. Pra não ficar monótono treinando sempre
no mesmo local, entro na BR-282 e desço em direção a localidade de Santa Cruz
da Figueira. A mudança de temperatura é brusca e sofro nos últimos quatro
quilômetros. Terminei o treino em frente a clínica veterinária onde Denise
levara Feiona pra tomar vacina. Aproveitou pra me dar o suporte necessário.
Água gelada, duas laranjas e um pedaço de mamão quebraram o maior galho.
Chegando em casa, tomei dois copos de leite gelado e comi
três ovos com presunto. Aproveitei o embalo, enchi o tanque da roçadeira e fui
pra o morro dar uma capinada. Outro tanque seria necessário pra acabar o
serviço a que me propus. Eita funcional bom da “mulexta”. Depois de três horas,
e completamente encharcado de suor, o riacho de água gelada foi mais que
prazeroso. A hidromassagem, então, nem se fala. O resto do dia foi off. Hehehe.
Porque amanhã tem transição em Jurerê e o Gile precisa estar inteiro.
Resumo do treino
Pedal: 50’
Corrida: 16km
Tempo: 1’16’43
Ritmo: 4’48”
Ganho de elevação: 43m
Funcional com a roçadeira: 3h
Tempo em atividade: 5h10'
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