domingo, 12 de fevereiro de 2017

Cachorro, água viva e maribondo; a semana teve de tudo


         Choveu pesado por toda a noite. Era 5h46 quando, pelo whatsup,  informei aos meus colegas da Iromind que a chuva, infelizmente, continuava. Eles estavam em Florianópolis e precisavam dessa informação pra decidir se viriam para o Posto Serra Mar fazer o tradicional treino dominical de montanha. A maioria optou por não arriscar temendo que o aguaceiro não desse trégua. E o pedal foi cancelado. Aproveitei pra dormir um pouco mais e só larguei o conforto da cama por volta das oito horas. Quando tem chuva, faço o treino de Mountain Bike. E MTB na lama e no morro, com o tempo estimado em mais de três horas de duração e muita força a ser feita nos cambitos, comi três ovos com presunto. Além do café com leite, claro. 
Feiona parece supervisionar a bike antes de minha saída
         Minha bike só comporta uma caramanhola, e não pode ser cheia. O suporte de garrafa tem pouca inclinação e basta uma descida mais encrenqueira pra caramanhola ir pra o espaço. Quanto mais pesada a garrafinha, maior a probabilidade de alçar voo. Decido pedalar por perto de casa, assim não preciso levar bomba, câmera reserva, chaves, esses apetrechos que os pedalantes costumeiramente levam.

Anitápolis ou Angelina?
         Depois de dez minutos resolvo entrar na BR-282 e seguir até o trevo de acesso a Rancho Queimado. E me vem uma dúvida: ‘volto, sigo pra Anitápolis ou vou até Angelina?’. Sem equipamento algum, o mais prudente seria voltar. A imprudência foi mais convidativa e rumei pra Angelina. De lá, segui pela estrada de terra que conduz a São Pedro de Alcântara. É um pedal delicioso. Tem morro pra caramba. E as valas abertas pela chuva deixou o caminho bem traiçoeiro. Ou seja, muito devagar pra subir e devagar pra descer. O visual, o barulho dos riachos que acompanham o ciclistas durante quase todo o trecho e o desafio de se manter em cima da bicicleta compensam todo o esforço. 
Angelina
         As duas maçãs que levei me deram a maior força depois de 2h30 de esforço. A água acabou meia hora antes de findar a peleia e tive que aguentar até o fim. Algumas bicas na beira da estrada até me convidaram pra molhar a garganta. Nesse quesito, porém, não abro mão da prudência. Moradores locais criam porcos e os dejetos vão direto para os cursos d’água. Sem falar da imensa quantidade de agrotóxico usada na região. Vai tudo para o lençol freático, amizade. Bebo nada, “homi”. Quando chego ao CT, entretanto, encho a pança com três copos de leite gelados. O almoço veio na sequência. Detalhe do pedal: não caiu uma gota de chuva. 
Dá pra notar qual mão foi alvo do maribondo? 
         Mais tarde, fui colher uns figos e “si dei mal”.   Maribondos pouco amistosos haviam feito seu lar ao lado de algumas frutas. Não vi. Pense numa picada. Ainda bem que foi só um. Porque a mão inchou pra caramba. E até agora permanece inflada. Não, não é inflamada, é inflada mesmo. Hahaha. Vô te contar, viu, ainda bem que a semana terminou. Porque na quarta passei um perrengue com cachorros nervosos, ontem a água viva me acertou e hoje o maribondo me ferroou.  No aspecto de treinamento e cumprimento da planilha, porém, a semana foi bastante proveitosa. Que venha a próxima, porque essa já foi pra conta. By, by. 

Com o amigo Adilson Godinho
         Ah, quase esqueço de contar: quando estava assistindo um filme a tarde, escutei um chamado vindo lá de baixo, da estrada que leva ao vilarejo. Era o amigo Adilson Godinho que estava fazendo o seu pedal e aproveitou pra entrar e reabastecer as caramanholas. Obrigado pela visita, parceiro. 

Resumo do treino
Distância: 56km
Tempo: 3h23
Ritmo: 16,6km/h
Ganho de elevação: 1601m

2 comentários:

  1. Gilead...os marimbondos passam bem? Domingo foi de Rolacao...tendesse?..Os ironminders ficaram na toca suando bicas. Abs

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  2. hahahah. Pior que fiquei com dó dos maribondos. Deixei eles lá

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