Ina competindo |
Quarta,
todos sabem, é o dia mundial dos tiros de corrida. Antes de cumprir esse
ritual, faço meu aquecimento pedalando no rolo. Enquanto pedalava, conversava
com amigos da Iromind num grupo de whatsup. E o papo rolou em torno de um
artigo sobre carboidrato que um dos nossos atletas compartilhou. Se gerou uma
boa conversa, valeu. Só nesse aspecto mesmo. A fonte da informação já indicava
a péssima qualidade do material. A revista Veja não consegue fazer jornalismo,
que é o seu eixo principal, imagine quando entra por outras vertentes. Fico
embasbacado ao perceber a facilidade que esse pasquim tem de atrair
profissionais tão desqualificados para seus quadros. A médica autora do texto,
que pelo visto entende tanto de nutrição quanto Calixto – o galo aqui do sítio
-, deixa a entender que fez um apanhado de informações sobre o assunto na
internet, balançou tudo num saco de gato e o resultado publicou na revista. Quando
ela diz que uma das funções do carboidrato no organismo é aumentar a massa
muscular, eu desisto. Não dá pra discutir. Melhor fazer meus tiros. E já que o
assunto é alimentação, vamos ver o que a triatleta Ina Ostrom tem a falar sobre
isso? Com a palavra, Ina:
"Meu nome
é Ina, tenho 28 anos e pratico triathlon há quatro anos. Sou formada em química
e possuo relativo conhecimento em bioquímica de metabolismo. Já fiz dieta
de baixo consumo de carboidrato e elevado de gordura. Quando você tem uma alimentação de baixo carbo e alta gordura sua
performance melhora, seu metabolismo fica mais eficiente porque trabalha bem
utilizando o tecido adiposo como fonte de energia. Sim, tecido adiposo como
fonte de energia é muito mais gigante que reserva de glicogênio. Há um ganho de
performance por tudo isso e pela perda de peso, principalmente de gordura.
Mas tudo tem uma limitação que é a alta
intensidade. Acho legal periodizar a alimentação. Nos dias off ou de menos
treino não há necessidade de consumo de carboidrato, ainda que frutas e outros
alimentos em pequena quantidade não seja um problema. Nos dias antes de prova,
antes de treinos intensos e na recuperação destes, é essencial um consumo
consciente de carboidrato. Ajuda na performance, a evoluir. E fazendo treinos
melhores desenvolve a musculatura, que vai manter essa performance. Cada atleta
tem um objetivo e em cada momento é legal ir variando a dieta com o intuito de
obter melhores resultados. Periodizar, então, é o segredo. Se não precisa de
intensidade, se não é muito longo o treino, não precisa nem pensar em
carboidrato. E isso é bom no período de base. Mas depois o carboidrato tem um
papel importante.
Acho ruim demonizar qualquer
macronutriente, como a mídia faz pra vender dietas específicas. Porque a
natureza criou os três grupos – carboidratos, gorduras e proteínas. E todos
eles têm sua devida importância. O problema é que exageramos em alguma coisa, e
por causa da ideia de que precisamos comer tanto carboidrato é que chegamos
aonde estamos".
Gente, vale
ressaltar que estou abrindo esse espaço toda quarta feira pra que atletas
compartilhem seus hábitos alimentares. Não é receita, não é prescrição e muito
menos regras alimentares tidas como acertadas. É apenas a forma de se alimentar
de cada um. Sem esquecer que alimentação de triatleta é bem diferente da
alimentação de pessoas que não têm uma carga de exercícios tão intensa. O fato
é que fiz meu treino todo em jejum, cumpri o que a planilha previa e no final
comi uma maçã, duas bananas e duas laranjas. E segurei a onda de boa até o
almoço. No lanche da tarde bastou três fatias de queijo com pasta de amendoim. E
até agora -20h20 – to sossegado. Quando terminar de fazer a publicação desse
post é que vou descer e preparar minha janta. Vlw.
Aquecendo e trocando ideia com os colegas da Iromind |
Resumo do
treino
Aquecimento
35’
pedalando no rolo
1,5km de
caminhada, trote e educativos de corrida
Corrida
4km moderado
progressivo
Pausa de 3’
2X
5X 400
saindo em 2’30” p/1’35”-33”
1X2km saindo
em 10’ p/9’-8’30”
Soltando
3,6km de
caminhada descalço
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