segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Um breve relato

Olá!
          Este blog é um diário. Aqui, estarei postando minhas atividades enquanto triatleta. Você verá como são meus treinos, minha alimentação, meu descanso, enfim, tudo que tenha a ver com minha preparação física e mental pra chegar aos meus objetivos.
          Antes, um relato de minha vida no triathlon.. Este é meu terceiro ano neste esporte. Comecei a pedalar em agosto de 2014, quando meu sobrinho Geovanny Maurício, que é ciclista, estava participando de uma competição - A Volta de Santa Catarina. Na época, minha atividade física se limitava a jogar futebol de três a quatro vezes por semana. Binho, como chamo Geovanny, trouxe para mim uma MTB modelo Soul. Uma bike de entrada da marca. Achei muito complicado pedalar numa região de montanha. Pra mim, pedalar tinha que ser em lugar plano. Incentivado por ele, comecei assim mesmo, sempre procurando os locais com menos inclinações. Ressalto que moro num sítio distante dez quilômetros de Rancho Queimado/SC, lugar de natureza exuberante e com muitos, muitos morros. Ideal para a prática de MTB.
Início de tudo, com a Soul e uns quilos acima do peso
         Como todo iniciante no pedal, pedalava de tênis. Usar um clip, por mais que me dissessem que seria melhor, era uma ideia que eu rechaçava. Pra mim, clip era queda na certa. Ora, onde já se viu pedalar com os pés presos ao pedal? Quando fiz minha primeira aventura na bike, percebi que aquilo era prazeroso por demais. E não parei mais. Queria pedalar todos os dias. A bike começou a desmontar de tanto que eu exigia da coitada. Dois meses depois, comprei uma bike full, ideal pra suportar os morros do lugar. Mesmo assim, ainda continuava "batendo pelada", como se diz no futebol. Para isso, passei a usar a bike como transporte até a AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) do bairro Coqueiros em Florianópolis. Era 50km pra ir e outros 50km pra voltar. Saía do sítio por volta das 14h levando nas costas uma mochila com material de futebol - chuteira, meião, caneleira, short... essas coisas. Eu estava ganhando endurance.  
          Em dias de chuva, que eu não queria enlamear muito a relação da bike, pensei: vou correr pra não ficar parado. Isso foi em novembro, três meses depois de iniciar na MTB. Eu pegava dicas de ciclismo com Geovanny, mas a corrida eu fazia por conta. Pra isso, passava horas na internet pesquisando sobre técnica de corrida. Meu primeiro treino de corrida foi 10km na montanha usando um coturno que pesava uns dois quilos o par. Adorei a experiência. Daí em diante, pedalava e corria todos os dias. E continuava com o futebol. No fim de 2014, vi na internet o anúncio de uma prova de corrida no Costão do Santinho, em Florianópolis. Uma prova noturna na beira da praia. Fiz a inscrição sem pensar duas vezes. Um amigo meu de Blumenau, que era triatleta e dono de uma assessoria naquela cidade, passou uma sequência de treinos pra me deixar "afiado" no dia da prova. O triatleta a quem me refiro é o Edmílson Pereira, o Pato. Não teve prova, teve diversão. Ao terminar, pensei: "é isso que quero pra mim".
Primeira prova da carreira
         Quando cheguei no Costão do Santinho pra participar da corrida, vi uma montoeira de tendas armadas na beira da praia. Eram as assessorias de corrida. Eu não fazia menor ideia do que era aquilo. Atletas em trabalho de aquecimento, treinadores dando as últimas orientações e uma penca de gente na torcida. Em uma das tenda, encontro nossa dentista, a Shirley Cerrato, com seu esposo Gerson. Eram atletas da Viva Bem. Fui apresentado ao treinador da equipe, o Nivaldo, e convidado a fazer o aquecimento com eles. Maravilha. Na semana seguinte eu já fazia parte da Viva Bem. Recebi minha primeira planilha de treinos. Dois meses depois, com a orientação do Nivaldo, ganhei minha primeira prova - 10km em Joinville.
A primeira vitória foi em Joinville - 10k sob forte chuva
       
         Agora que já era um corredor "diplomado" e um ciclista "em formação", o triátlon era questão de tempo. De pouco tempo. Conheci o Guilherme Cunha - o Gui, para os mais chegados. E ele foi meu mentor no mundo das três modalidade. Procurei a piscina mais próxima de casa e me matriculei. Distava apenas 35km. Com três modalidades pra treinar, o futebol foi ficando no escanteio.  Antes de passar minha primeira planilha, Gui conversou bastante comigo. Eu disse-lhe qual era meu objetivo - fazer provas de Ironman. Ele foi professoral: "vais fazer um Ironman no teu terceiro ano de triathlon". Guardei a informação.
         Quando comecei a nadar na piscina da Unisul, na cidade de Palhoça, Grande Florianópolis, conheci os triatletas da Just. Meus treinos eram muito solitários e fui sugado pra dentro da Just. Foi lá que conheci amigos que nunca, jamais, esquecerei. Meu maior incentivador foi o Tammuz Fatha. Era da minha categoria e cuidava de mim como se eu fosse um bebê. E, de fato, eu era. No esporte eu não passava de um recém-nascido. Dois atletas da Just eram os exemplos a serem seguido - Sandro Gaynet e Marcelo Quint. Eram minha referência. Amigos do coração até hoje. Ah, e tinha a "tia" Elinai. A coach teve toda paciência do mundo pra me fazer nadar.  
Na Just, campeão do Challenge Floripa - Sprint
         Fiquei um ano com a Just. E na minha primeira competição, um short triathlon, fui segundo colocado na categoria. Perdi a prova porque fui punido - desafivelei o capacete ainda na área de transição. Agradeço ao árbitro que me penalizou; esse é o caminho. Fui ao pódio em todas as provas que participei vestindo o uniforme da Just. Obrigado, Elinai; obrigado amigos da Just.
         Em 2016 mudei de assessoria e fui treinar com Roberto Lemos na Iromind. Um ano de muito aprendizado, de encarar provas mais longas e de entender mais o meu corpo. Fiz meu primeiro olímpico e fui terceiro. Fiz meu primeiro Meio Iron e sonhei com o pódio, mas um problema mecânico na bike sabotou meu intento. Consegui, mesmo assim, completar a prova em 5h25'. Os desacertos nos fazem crescer.
Com a Iromind em 2016 - no centro e na frente, com capacete branco. Aprendendo muito com o Roberto Lemos
         Agora, iniciando 2017, meu foco é o Ironman Brasil no mês de maio. E bora treinar que tá pertinho.

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