sábado, 7 de janeiro de 2017

Uma tralha a menos

       
O mar estava convidativo
         S
ábado é dia de acordar um pouco mais cedo. Às 5h o despertador me chama pra mais um dia de treino de transição na praia de Jurerê, em Floripa. Pra quem não é do triathlon, transição é o treino onde nós fazemos as três modalidades no mesmo dia e na sequência - nadamos, pedalamos e corremos. E aos sábados, todos da Iromind já estão caducos de saber que nosso ponto de encontro é no deck do La Serena. Não perco tempo e desço para o tradicional café com leite. Daí é pegar a estrada e vencer os 90km que nos separam. Quando chego, já encontro quatro ou cinco atletas montando suas bikes. E aos pouco o número vai crescendo. É um tal de trazer rolo, de procurar calço pra erguer um pouco a roda dianteira da bicicleta e de preparar material de corrida e de natação. Em janeiro a temperatura da água fica bem agradável e não preciso vestir a roupa de borracha. Muitos atletas fazem o mesmo. Uma tralha a menos.
 
Bikes no deck do La Serena

         Entro no mar às 7h21’ para nadar 30’, conforme o treinador orientou a todos. O mar estava uma piscina e a água agradabilíssima. A ideia era que todos chegassem juntos para a segunda parte do treino, onde Roberto iria se distanciar da praia pouco mais de 200m numa prancha de stand up   e teríamos que contornar a prancha como se ela fosse uma boia de marcação. Esse tipo de treino, entre outras coisas, ajuda muito pra melhorarmos nossa navegação. Quanto mais reto o atleta nada em direção a boia, mais rápido ele será, até por uma questão matemática – a menor distância entre dois pontos é uma reta, dizia meu sábio tio Abel. Mas o que tem de gente fazendo as famosas “barrigas” na água é uma festa. E ao invés de nadar os 3.800m no Iron, tem quem nade 4.200. Aí, mô filho, o tempo foi pra o espaço. Em alguns casos, mais vale melhorar a navegação do que tentar nadar mais forte.
Galera pedalando sob o comando do coach, que nessa hora virou fotógrafo
        
         Concluída essa etapa do treino, vamos o mais rápido que podemos pra área de transição, onde Roberto nos espera pra iniciarmos o treino no rolo. E ele vai orientando o que devemos fazer. 12’numa marcha confortável, seis tiros de 30’ com a cadência mais alta que conseguir... E por aí vai. O tempo na bike foi de 59’47”. Daí foi só pular da magrela, calçar os tênis e sair correndo por 5km. Como sempre faço, saí cauteloso, dando tempo pra o corpo se adaptar ao novo exercício.

Resumo da corrida:
Distância: 5km
Tempo: 20’56”
Pace: 4’10”
Voltas: 4’31” / 4’03” /4’06” / 4’11” / 3’59”

O fotógrafo dessa vez foi o filho da nossa amiga Cris

         Um mergulho na praia pra relaxar é indispensável. Numa mesa, água, gatorade, frutas e biscoitos fazem a festa da galera. Duas bananas são suficientes pra mim. Isso porque eu levara de casa uma manga e uma laranja para o pós-treino. Depois vamos desmontar nossos apetrechos. O ritmo de saída, entretanto, nem se compara com o da chegada. Tudo é mais lento, os assuntos parecem não acabar e aproveitamos pra trocar experiências de treinos. Geralmente, aproveito e fico um pouco mais aprendendo com o coach. É uma aula atrás da outra.  Ao meio dia já estou no Centro buscando a Camila pra almoçarmos juntos. "Quem é a Camila?" Você não conhece, deixa pra lá. Hahaha
 
Enchendo o tanque pra aguentar as montanhas no domingo

         Depois do almoço, com muita carne de feijoada, verdura, salada e legumes, é hora de subir a Serra e descansar pra o longo de bike de domingo. A tardinha, um pouco de côco, queijo e pasta de amendoim são uma boa pedida. Depois tem crepioca pra ajudar a segurar o tranco amanhã nas serras de São Bonifácio. Bora lá. 


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