quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O senhor das sungas exóticas

       
o sol chegando aos poucos pra espantar o friozinho da montanha
           A primeira luz do dia já me encontrou desperto. Com o friozinho de 15
o, porém, hesitei em sair da cama. Lá pelas 6h30 foi que desci pra o meu tradicionalíssimo café com leite. E esperei o sol se assumir pra poder fazer meu pedal. Por se localizar em uma região montanhosa, meu centro de treinamento só fica completamente ensolarado por volta das 10h. Iniciei o treino às 7h25 já pedalando com uma cadência bastante elevada pra me aquecer. Depois de dez minutos, o ritmo firme fez-me esquecer do gelinho matinal, apesar do vento que parecia sair de um freezer. Na condição de fiel seguidor da planilha, sabia que tinha pela frente 60k acelerados pela frente e com uma série de 5X de 2’ em Z5. Deixo os tiros pra fazer depois do quilômetro trinta, já vencida a primeira metade da batalha. Talvez devido a temperatura mais amena, sinto-me com a perna leve. Criei um mecanismo pra saber se estou num chamado “dia bom”. Saio do selim e acelero. Quando estou bem, consigo pedalar forte por um longo tempo. Hoje foi um daqueles dias em que a gente pensa: ‘ah, se no dia da prova eu estiver assim’. O treino só termina, entretanto, depois da hidromassagem no riacho.
Depois do treino, uma foto
Resumo do treino
Distância: 60km
Tempo: 1h46’43”
Média: 33,7km/h
Ganho de elevação: 933m

         
Roberto na borda da piscina - entusiasmo de um guri
         Chegando no Paula Ramos, onde a Iromind manda seus treinos de natação, encontro o coach Roberto Lemos passando orientações para os atletas que já estão na piscina. Fico admirado quando vejo uma pessoa fazendo o que realmente gosta. Ele tem o mesmo entusiasmo de um guri que acabou de sair da faculdade e está cheio de gás pra passar o que aprendeu. É um tal de “preparaaaaaaaaaa foi”, de apitar e de acompanhar os atletas ao lado da piscina. Aí me aparece o Alessandro. Alê, como costumo chamar esse torcedor do Avaí (vai querer me matar hahahaha), chega vestindo uma sunga em degradê que merecia uma foto. Não fiz porque depois ele poderia querer me processar por bullyng. Essas e outras deixam nosso treino, que é sempre muito puxado, um pouco mais “aguentável”.   Parece que o colorido da sunga deixou nosso amigo meio lento e ele ficou na esteira o tempo todo. Heverton, que dividia a raia conosco, puxou os 500m de aquecimento em ritmo de prova. Puxei os tiros de 50m. Na série de 200m, chamei o “senhor das sungas exóticas” pra puxar também. Baita treino, amigos. A marmita me chama, é hora do almoço.
 
Com os parceiros Heverton (touca verde) e o "senhor das sungas exóticas"

         Chego ao meu Centro de Treinamento (sim, isso aqui é um CT; só falta a raia pra nadar) por volta das 17h. Janto às 18h30, subo, tomo banho e sento pra escrever. A janela aberta, o canto dos pássaros e os 19o me dizem que é hora de deitar porque amanhã é dia de longo. “E o que você comeu hoje, Gile?” Depois do pedal foi uma banda de mamão, uma manga e duas pequenas laranjas. Por volta das 10h, comi ovos com queijo e presunto. No almoço foi frango com verduras. Na janta foi uma quantidade mais considerável de carbo – cuscuz com três ovos. 

2 comentários:

  1. Com essa turma animada, não tem como não treinar contente.

    ResponderExcluir
  2. Showwww, só achei que tu irias falar das sungas exóticas do Danton, hahahaha

    ResponderExcluir